sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nação Fortaleza no IV Encontro Mestres do Mundo

Convidado pela Secretaria da Cultura do Ceará, o Maracatu Nação Fortaleza foi a Juazeiro do Norte participar do cortejo de abertura do IV Encontro Mestres do Mundo, dia 2 de dezembro, juntamente com o Maracatu Solar e os pernambucanos Maracatu Estrela de Ouro de Aliança e Maracatu Leão Coroado.

O Maracatu Nação Fortaleza apresentou-se na praça da igreja de Nossa Senhora das Dores, ao final do cortejo inciado no final da tarde, reunindo grupos e mestres da cultura tradicional, a exemplo da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, Bacamarteiros do Mestre Bigode, Reisado do Mestre Zé Trovão, Maneiro Pau do Mestre Cirilo, Coco das Mulheres da Batateiras, Mestra Gerta, Mestra dona Branca e Mestre Joaquim Mulato, este em uma de suas últimas aparições públicas junto aos Penitentes do Sítio Cabeceiras, de Barbalha.

O maracatu cearense entrou em cena com o Maracatu Solar, seguido das loas entoadas por Calé Alencar e o Maracatu Nação Fortaleza, último a se apresentar, encerrando a noite com a tradicional coroação da rainha.

Ainda em Juazeiro, os brincantes do Nação Fortaleza foram até a estátua do Padre Cícero, no Horto.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cortejo do Nação Fortaleza no ConSerpro


No início das atividades da tarde do terceiro dia do ConSerpro 2008, um cortejo real acompanhado de percussão adentrou a praça vermelha da Regional Fortaleza. O Maracatu, manifestação popular brasileira, é um dos símbolos de preservação da cultura ancestral dos negros. O grupo Maracatu Nação Fortaleza mostrou a tradicional coroação da rainha. Mais um espaço aberto pelo evento para festejar as regionalidades.

domingo, 23 de novembro de 2008

Calé Alencar leva Maracatu para a Pequenina Paraíba

Calé Alencar ministra curso sobre origem e evolução do maracatu no Ceará e relata experiência como idealizador do Nação Fortaleza.
Na semana de 18 a 22 de novembro, Calé Alencar ministrou o curso de apreciação de arte Origem e Evolução do Maracatu no Ceará, atendendo ao convite do Centro Cultural Banco do Nordeste de Sousa, no alto sertão paraibano. Além de conversar com o público da Paraíba sobre as manifestações artísticas e culturais afrobrasileiras no Ceará, Calé lançou livro-depoimento sobre a origem do maracatu cearense e sua experiência como idealizador e gestor da Associação Cultural Maracatu Nação Fortaleza, aproveitando para organizar exposição de calungas em homenagem ao artesão e um dos fundadores do Maracatu Nação Fortaleza, Chico Batista.

O curso fez parte da programação do Centro Cultural Banco do Nordeste de Sousa alusiva à Semana da Consciência Negra.
Em Sousa, Calé registrou a placa comemorativa da passagem, por aquela cidade, do Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, ideólogo mais expressivo do movimento republicano e separatista conhecido como Confederação do Equador.


No Ceará, o movimento foi encabeçado por Tristão Gonçalves de Alencar, filho da primeira presa política brasileira, Bárbara de Alencar. Tristão, líder revolucionário nascido no Crato, em 1789, morreu combatendo as forças imperiais no dia 30 de outubro de 1825.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Brincantes do Nação Fortaleza no Rito de Passagem

Foto: Fátima Lopes

Brincantes do Maracatu Nação Fortaleza participaram do Rito de Passagem - Canto e Dança Ritual Indígena, realizado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no dia 17 de novembro. O ponto alto do evento foi a dança ritual do Toré, reunindo o povo Karajá da região de Tocantins e o público, estreitando laços de convivência harmoniosa entre os povos.

Rito de Passagem traz canto e dança ritual dos povos indígenas do Brasil, com sua força, beleza e magia, em apresentações especialmente elaboradas para o espaço cênico. O projeto cria uma ponte entre o mundo urbano e o povo que vive nas aldeias, proporcionando o contato direto com as tradições indígenas.
Luciana Martins, Daniel Coxini Karajá, Felipe e Fátima Lopes
Clique e veja:
Dança Ritual do Toré

sábado, 15 de novembro de 2008

Nação Fortaleza contemplado com o Prêmio Culturas Populares 2008

A Associação Cultural Maracatu Nação Fortaleza foi contemplada com o Prêmio Culturas Populares 2008, da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Apenas duas entidades formais de Fortaleza irão receber o prêmio no valor de R$ 10.000,00. Nosso projeto possibilitará a conclusão do primeiro cd do Maracatu Nação Fortaleza. Obrigado aos brincantes, amigos e parceiros pelo estímulo, perseverança e confiança no nosso trabalho.

Saúde, paz, luz e axé.

Valeu, Nação!!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nação Fortaleza canta loas para Zumbi

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, o Maracatu Nação Fortaleza realizou cortejo no centro da capital cearense, juntamente com os Maracatus Solar e Rei de Paus, como parte do evento Consciência Negra 2008.

No encerramento, o Nação Fortaleza apresentou a tradicional coroação da rainha, entoando loas e batuques, tendo como palco a praça do boticário Ferreira.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Nação Fortaleza cria mais um projeto de extensão

Batuque Danação estréia no Centro Cultural Bom Jardim, com apresentações nos dias 5 e 12 de novembro, às 19 horas.

O Batuque Danação é um grupo musical com base na experimentação e mostra de ritmos afro-brasileiros, evidenciando estilos musicais apresentados pelos maracatus no carnaval de rua em Fortaleza, além de incluir toques de coco, balanceio, baião, rebatida, bumba meu boi, ijexá e pontos de umbanda, acrescentando canções representativas da diversidade musical brasileira e obras cuja temática incorpora questões relacionadas à negritude.
Criado pelo cantor e compositor cearense Calé Alencar e brincantes do Maracatu Nação Fortaleza, o Batuque Danação evidencia, de forma criativa e diversificada, os instrumentos utilizados na composição percussiva do maracatu fortalezense, a exemplo de ferro, chocalho, caixa, bumbo e zabumba, agrupando outros timbres presentes em manifestações da cultura popular tradicional, na herança de ritmos e instrumentos dos povos indígenas e na riqueza de estilos e temas da música popular brasileira, com especial enfoque na música nordestina.


domingo, 12 de outubro de 2008

Chico Batista, Mestre Calungueiro

As pessoas não morrem, ficam encantadas.

Guimarães Rosa

Leia artigo de Calé Alencar em homenagem ao Mestre Calungueiro: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=582327


Foto: Karlo Kardozo

Chico Batista, Mestre Calungueiro

Calé Alencar

Chico Batista
Mestre calungueiro
Eu canto loas
E os mantras do terreiro
Eu trago a força de Zumbi
E Ganga Zumba
Pra saudar tua passagem
Para o reino de Olorum

Chico Batista
Artista brasileiro
Quem bate o ferro
No batuque é batuqueiro
Nossa Senhora do Rosário te abençoe
Na paz de Oxalá
Viva o mestre calungueiro

Bate tambor
Com a força que há em nossos corações
Gira calunga
Estandartes, rainhas e reis
Os batuques das nações
Chico Batista é a luz
É a ginga dos maracatus

Bate ferro e tambor
Mestre Chico
Bate chocalho e tambor

domingo, 31 de agosto de 2008

Brasil perde Mestre Salu

Mestre Salustiano morre aos 62 anos

Pernambuco perdeu um dos principais ícones da sua cultura popular. Isso porque faleceu às 7h deste domingo o grande mestre da rabeca, Manoel Salustiano Soares, conhecido por todos como mestre Salu. Aos 62 anos e com 15 filhos, ele não resistiu a uma arritmia cardíaca e terminou morrendo no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco, o Procape. O velório começou às 13h, na Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, em Olinda. O enterro só será realizado nesta segunda-feira, no Cemitério Morada da Paz, também em Olinda. Os familiares ainda não decidiram o horário.A arritmia cardíaca do mestre Salu foi provocada pela doença de Chagas, contra a qual luta há 20 anos. Há mais de 9 anos ele utilizava um marcapasso para estimular o coração e evitar um provável aumento do órgão. No último dia 8 de agosto, o rei da rabeca precisou passar por uma cirurgia para substituir o aparelho. Desde esse dia ele não conseguiu mais viver normalmente. Após receber alta no último dia 12, ele retornou ao Procape na segunda-feira passada sentindo dores no local.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO. COM.BR

sábado, 30 de agosto de 2008

Calé Alencar visita Afoxé Filhos de Gandhy

Calé Alencar e Agnaldo Silva (Presidente do Afoxé Filhos de Gandhy)

No dia 27 de agosto, quarta-feira de Iansã e Santa Bárbara, Calé Alencar esteve na sede do Afoxé Filhos de Gandhy, rua Gregório de Matos, 53, no Pelourinho, e apresentou a Agnaldo Silva o tema e a loa do Maracatu Nação Fortaleza para o carnaval de 2009, Saudação Ao Afoxé Filhos de Gandhy, homenagem dos cearenses aos 60 anos de história e tradição do Afoxé Filhos de Gandhy.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Dorival Caymmi

Dorival Caymmi (1914-2008)
Faleceu na manhã do último sábado, 16 de agosto, aos 94 anos, o cantor e compositor Dorival Caymmi. O ministro da Cultura interino, Juca Ferreira, divulgou Nota de Pesar na qual ressalta a genialidade de Caymmi e a importância do legado de sua obra para o povo brasileiro:
O Brasil perdeu hoje um grande mestre, mas pessoas como Caymmi não morrem, seguem encantadas na vida e no imaginário do povo brasileiro. Sua obra permanece por estar viva em cada um de nós. Caymmi traçou um mapa afetivo, imaginário, sensual e lúdico de um Brasil “que nunca precisa dormir pra sonhar, porque não há sonho mais lindo do que sua terra não há”. Uma terra que conta a história de um povo. Um povo que confirma nossa mestiça nação.
Tudo isso em canções extremamente simples, mas altamente sofisticadas por revelarem as sutilezas e as raízes de uma nação oculta, sublime, complexa - matriz da nossa utopia. Tantos são os gênios que aqui tivemos, mas Caymmi é gênio do Brasil, irresistivelmente brasileiro, porque sua genialidade é a expressão do nosso povo.
Juca Ferreira, Ministro da Cultura interino

O artista baiano - que se tratava de um câncer na bexiga há 11 anos e morreu de insuficiência renal - foi enterrado neste domingo (dia 17), à tarde, no Rio de Janeiro.
Nascido em 30 de abril, em Salvador, Caymmi é um dos responsáveis pela divulgação da imagem da Bahia tanto no Brasil como no exterior. A música O que é que a baiana tem?, uma das suas mais conhecidas composições, alcançou projeção internacional na interpretação de Carmem Miranda. Em 60 anos de carreira, como cantor gravou cerca de 20 discos e como compositor produziu uma centena de músicas que ganharam inúmeras versões com outros intérpretes.

Publicado por Comunicação Social/MinC

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Maracatu Nação Fortaleza no Centro Cultural Bom Jardim

O Centro Cultural Bom Jardim apresenta neste mês de agosto o programa Quinta Especial, prestigiando o mês do folclore, com destaque para o cortejo do Maracatu Nação Fortaleza, nos dias 14 e 28, tendo como palco a Praça Central, sempre às 19 horas.
O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto, data na qual o inglês William John Thoms, usando o pseudônimo de Ambrose Merton, publicou, em 1846, um artigo sob o título Folk-lore, na revista londrina The Athenaeum. Ao usar o termo, William John Thoms propunha seu significado como expressão técnica apropriada ao estudo das lendas, tradições e da literatura popular, tendo essa definição o significado de ciência ou sabedoria popular.

Folk quer dizer povo, nação, família; Lore significa instrução, conhecimento, saber. Portanto, Folk-lore ou Folclore, ciência ou sabedoria popular.

Para saber mais:

Cascudo, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
Moraes Filho, Mello. Festas e Tradições Populares do Brasil. Belo Horizonte. Itatiaia, 1979.
Nery, F. J. de Santa-Anna. Folclore Brasileiro. 2. ed. Recife: Massangana, 1992.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Curta no Maracatu É de Bambaliê!

ÁLBUM DE MÚSICA

Clique e Curta no Maracatu

A emocionante história da música brasileira, nossa arte maior, via sons e imagens raríssimas de ninguém menos que Pixinguinha, Cartola, Noel, Gil, Edu, Nara, Macau...

Música de Pixinguinha, Almirante, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho e Cartola. Gilberto Gil e Macalé comentam o filme. Depoimento de Nara Leão e Nelson Motta sobre a Música popular Brasileira.

Gênero: Documentário
Diretor: Sergio Sanz
Ano: 1974
Duração: 10 min
Cor: P&B
Bitola: 16mm
País: Brasil

Ficha Técnica:

Fotografia: Sergio Sanz / Empresa produtora: DAC, MEC Montagem: Sergio Sanz

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cultura Brasileira perde Mestre Felipe


Cultura Popular maranhense perde um dos seus mais importantes representantes

Mestre Felipe e Calé Alencar


Os grupos de Tambor de Crioula do Maranhão e do Brasil estão de luto pelo falecimento do compositor, instrumentalista e percussionista Felipe Neres Figueiredo, o Mestre Felipe. Ele morreu aos 84 anos, na última sexta-feira (18 de julho), em São Luís, e seu sepultamento foi realizado neste domingo (dia 20), em São Vicente de Férrer, cidade natal do artista.O MestreMinistro Gilberto Gil e Mestre Felipe, por ocasião do registro do Tambor de Crioula como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Um dos maiores representantes da cultura popular maranhense, Mestre Felipe nasceu em 1924, no norte do estado, a cerca de 75 km da capital. Foi um dos fundadores e presidente da Associação Folclórica e Cultural Tambor de Crioula União de São Benedito, que reúne cerca de 35 integrantes. Em São Luís, organizou grupos de coreiros que são destaques em festejos populares e apresentam-se durante todo o ano nas festas de pagamentos de promessa, de São Benedito, de São João e no Carnaval. Durante duas décadas, trabalhou com o Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão (Laborarte), transmitindo para as novas gerações a arte de tocar tambor por meio de oficinas e, atualmente, era responsável pela formação de percussionistas. Com coreiros da sua turma gravou várias toadas, que estão reunidas em um CD lançado em 1998, o primeiro a registrar composições de Tambor de Crioula do Maranhão.Em 2002, Mestre Felipe gravou 11 composições de sua autoria e o CD faz parte da coletânea sobre Tambor de Crioula, que inclui um vídeo e dois outros CDs gravados pelos Mestres Leonardo e Seu Chico. Em março deste ano, lançou Jandaia - Peixe do Fundo, seu terceiro e último trabalho fonográfico. Tambor de CrioulaA manifestação da cultura popular maranhense foi registrada, no ano passado, no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além da inscrição, também passou a contar com o seu memorial, a Casa do Tambor de Crioula, instalada em uma antiga fábrica no centro de São Luís.O Tambor de Crioula - envolvendo dança circular, canto e percussão - tem sua origem ligada à resistência cultural dos negros e de seus descendentes. O dia 6 de setembro é a data consagrada para celebrar essa tradição da cultura do Maranhão, uma das mais belas da região Nordeste do país. Atualmente, no estado, existem mais de sessenta grupos catalogados.

(Marcelo Lucena, Comunicação Social/MinC)

Publicado por Sheila Sterf/Comunicação Social 21 de julho de 2008

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Homenagem de Calé Alencar a Nelson Mandela

Nelson Mandela, líder político sul africano, nasceu em 1918 em Umtata, Tanskei.Tornou-se líder do Congresso Nacional Africano e o maior oposicionista do "apartheid", fazendo campanhas por uma sociedade democrática mais livre e multirracial. Foi detido em 1962, após uma greve, e condenado à prisão perpétua após um julgamento memorável em que ele próprio se defendeu. Em 1990, foi libertado. Continuou participando de negociações para acabar com o "apartheid" na 1ª eleição multirracial, após 350 anos de dominação branca.

Em seu primeiro disco, Um Pé Em Cada Porto, Calé Alencar prestou uma homenagem a Nelson Mandela. O poema Canção do Emparedado, do cearense Francisco Carvalho, virou Canto Para Mandela, registrado nas vozes de Calé Alencar e Ângela Linhares.

CANTO PARA MANDELA
Poesia de Francisco Carvalho
Música de Calé Alencar

Já te perguntaram, ó África

Serpente de pálpebra amarela

Que tigre incendeia os olhos de Nelson Mandela?
Já te miraste, ó África

No olho veloz que vara a procela

Olho que trespassa a nuvem de Nelson Mandela?
Já te enamoraste, ó África

Do peito viril que persegue a estrela

Peito que arde em chamas de Nelson Mandela?
Já seguiste os duros passos

Da estúpida sombra da sentinela

Apontando o inútil fuzil para Nelson Mandela?
Já viste a ave, ó África

Rondando a intransponível cidadela

Onde os dias e as folhas caem sobre Nelson Mandela?
E o duro perfil de ébano

Da cabeça que só o tempo cinzela?

Já viste o sonho brotando das mãos de Nelson Mandela ?
Já despetalaste, ó África

Um verso azul, alguma flor singela

Sobre a dor que não se curva de Nelson Mandela ?
Já te enamoraste, ó África

Do peito viril que persegue a estrela

Peito que arde em chamas de Nelson Mandela ?
Ó África, Ó África do Sul

Ó África, Ó África do Sul

domingo, 22 de junho de 2008

Cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval 2006

No Maracatu É de Bamabaliê! cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de Fortaleza 2006



O Romance do Pavão Misterioso foi o tema escolhido para ilustrar o desfile do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de rua do ano 2006. Ao privilegiar um tema ligado à literatura popular, o Maracatu Nação Fortaleza pretendeu inserir um novo dado cultural no cortejo carnavalesco, trabalhando a referência da cultura tradicional e usando a xilogravura, desenho talhado em madeira e transformado em matriz utilizada para impressão das capas dos folhetos de cordel.


O Romance do Pavão Misterioso

Calé Alencar

Nação Fortaleza chegou

Chegou para anunciar

Hoje tem romance de cordel

Um pavão misterioso

É o amor que move a terra

Transformando em paz a guerra

Com seu pássaro formoso

Os brincantes do maracatu

Com seu batuque vêm mostrar

Um pavão voando pelo céu

Vai sumir na escuridão

Carregando dois amantes

Duas estrelas brilhantes

Com a bênção da nação

Ô Nação, ô Nação

Nação Fortaleza me leva

Me leva que eu quero voar

Nas asas dessa linda história

Nação Fortaleza

Aqui vem pra contar


Fonte: www.batoque.com/fortaleza

Cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval 2005

Assista no Maracatu É de Bamabaliê! a estréia do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de Fortaleza no ano de 2005.

No ano de 2005 o Maracatu Nação Fortaleza fez sua primeira participação no carnaval de rua da cidade. Apresentando como tema e loa Ginga, Rainha da Gente, criada e interpretada pelo cantor, compositor e pesquisador Calé Alencar. Cortejo destacando o vulto de Ginga N'Bandi, rainha guerreira banto, presente na história do povo africano como símbolo de coragem e resistência ao domínio dos invasores europeus.

Ginga, Rainha da Gente

Ginga, Rainha da gente

Eu mandei buscar pra você

Luas, Luandas e loas

Coroas de reis e rainhas

Rosários de santos e deuses

Índios do maracatu

Ginga, Rainha da gente

Eu mandei buscar pra você

Frutas, balaios e rendas

Negras, calungas e angolas

Caboclos da mata e batuques

Toques de ferro e tambor

Ginga, Rainha da gente

Me benze com tua beleza

Eu sou mar

Eu sou maracatu

Eu sou Nação Fortaleza

Fonte: www.batoque.com/fortaleza

domingo, 8 de junho de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Girando Na Renda
Pedro Luís / Sérgio Paes / Flávio Guimarães

É no samba de roda, eu vou

No babado da saia eu vejo

A morena girando a renda

É prenda pro seu orixá

Todo fim de semana tem

Gente dos 4 cantos vem

Diz na palma e no verso

Histórias de tempos imemoriais

Roda que eu quero ver e é bonito

Canta que eu quero ouvir

Bate o tambor na força do rito

Tudo pra se divertir

Reza quem é de rezar

Brinca aquele que é de brincadeira

Quem é de paz pode se aproximar

Hoje é festa pr'uma noite inteira

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Nação Fortaleza no Marina Park


No dia 28 de maio, o Maracatu Nação Fortaleza estará realizando cortejo no Marina Park, por ocasião da XII Conferência das Assembléias Legislativas Estaduais.
O evento tem início às 20 horas mas todos sabem que nossa produção e organização começa muito antes.

Gostariamos de contar com a presença de todos e pedimos para confirmarem pelo e.mail ou telefone (Calé 8760.0045 / 3253.1317 / Luciana 8863.4321).
Precisamos organizar uma lista prévia para a organização de instrumentos, materiais, adereços e figurinos.
Abraços maracatuzeiros!!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Batucão Nos Couros Também é de Bambaliê

O bloco de baticum Batucão Nos Couros mostrou, na última quinta-feira no Mercado Pinhões, que também é de Bambaliê. O baticum tocou maracatu, com toques Nação Fortaleza e Balanceio, baião, cocos e pontos de umbanda.

sábado, 17 de maio de 2008

Curta no Maracatu É de Bambaliê - O Xadrez das Cores

O Xadrez das Cores

Clique e Curta no Maracatu

Gênero: Ficção
Diretor: Marco Schiavon
Elenco: Anselmo Vasconcellos, Mirian Pyres, Zezeh Barbosa
Ano: 2004
Duração: 22 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil



Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.


Ficha Técnica
Produção: Midmix Entretenimento, Marco Shiavon
Fotografia: Gilberto Otero
Roteiro: Marco Schiavon
Direção de Arte: Irene Black
Empresa produtora: Midmix Entretenimento
Edição de som: Mariana Barsted
Câmera: Gilberto Otero
Direção de produção: Claudia Couto
Produção Executiva: Alexandre Moreira Leite
Montagem: Fábio Gavião, Marco Schiavon
Música: José Lourenço

Prêmios
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Cinema de Goiás 2005
Finalista no Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro 2005
Melhor Curta - Júri Popular no Festival de Cinema Brasileiro de Miami 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 2005
Prêmio Especial no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Festival de Goiania 2005
Melhor Atriz no Jornada de Cinema da Bahia 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Mostra Cine Rota 22 2005

Festivais
Cine PE 2005
Festival do Ceará 2005
Festival Internacional de Curtas-Metragens de Belo Horizonte 2004
Los Angeles Intl Short Film Festival 2004
Festival de Belém 2005
Mostra de Cinema de Macapá 2005

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Bloco de Baticum Batucão nos Couros no Mercado dos Pinhões


Quinta-feira, 15 de maio, às 20 horas, tem Batucão Nos Couros no Mercado dos Pinhões. O Batucão é um maracatu sem cortejo, priorizando o baticum e apresentando instrumentos convencionais e outros materiais com a levada do maracatu, nos toques Nação Fortaleza e Balanceio, baião, coco e pontos de umbanda. Quem quiser participar com os brincantes do Maracatu Nação Fortaleza será bem vindo. É só levar qualquer material que produza som, tipo lata, panela, caçarola, apito, tamborins, madeira, tambores, matracas, vasilhame de água mineral, tudo que faça soar o Zinstrumento.
Batucão Nos Couros, Mercado dos Pinhões, Quinta, 15/maio, 20h.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nota Pública da Fundação Cultural Palmares

O Blog Maracatu É de Bambaliê! se junta à Fundação Cultural Palmares e repudia também as opiniões e comentários do Professor Doutor Antônio Natalino Dantas, coordenador do Colegiado de Cursos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia.

Veja nota de repúdio publicada hoje:

05/05/2008

Nota Pública

A Universidade Pública Brasileira não pode ser palco de ações discriminatórias

A Fundação Cultural Palmares, responsável pela preservação, valorização e difusão das manifestações culturais de origem negra no Brasil, por meio da sua diretoria colegiada, vem a público expressar a sua profunda indignação com as opiniões e comentários do Professor Doutor Antônio Natalino Dantas, coordenador do Colegiado de Cursos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Ofensivos, discriminatórios e preconceituosos, os comentários do Professor Natalino responsabiliza os baianos com um todo e os afro-descendentes no particular, pelo baixo desempenho dos estudantes da Faculdade de Medicina no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).
Este episódio torna-se mais grave pelo fato de o referido professor ocupar cargo de relevância na estrutura universitária brasileira, eleito pelos seus pares. Revelou-se ainda a força do preconceito e do racismo ainda presentes na sociedade brasileira, notadamente em espaço que deveria ser a linha de frente da defesa da igualdade e da diversidade - a Universidade Pública brasileira. Os comentários do Professor Natalino merecem ainda o repúdio por que expressam não apenas uma opinião pessoal ou um deslize momentâneo, mas o pensamento, ainda vigente no Brasil, de que a presença dos afro-descendentes e sua contribuição para a formação do país é um elemento menor e negativo do ponto de vista civilizatório.
Quanto às cotas para negros nas universidades públicas brasileiras, a opinião preconceituosa do professor, responsabilizando os cotistas pelo baixo desempenho no ENADE, é a que tem balizado a exclusão dos negros do ensino superior no Brasil. Não há nenhuma prova, por mais tênue que seja, de que sua afirmação seja verdadeira. Pelo contrário, pesquisas, estatísticas e o desempenho dos cotistas têm apontado que o aproveitamento escolar dos estudantes cotistas tem sido igual ou superior aos não-cotistas. Portanto, continuar a luta contra a discriminação racial, ampliar os mecanismos de acesso ao ensino superior para os afro-descendentes e implementar as políticas de ações afirmativas em todos os campos do conhecimento será a resposta mais efetiva que a sociedade baiana poderá dar a estas manifestações de preconceito e discriminação.
Por fim, a Fundação Cultural Palmares expressa a sua mais profunda solidariedade com a posição adotada pelo Reitor da Universidade Federal da Bahia, Professor Naomar Almeida, na certeza de que o seu firme posicionamento pelo afastamento do Professora Natalino da coordenação do Colegiado de Cursos será acolhido pela egrégia Congregação da Faculdade de Medicina. Aliado a isto temos a convicção de que a luta pela melhoria da qualidade do ensino superior no Brasil e a democratização do acesso, consolidado pelo atual governo continuarão caminhando lado a lado.

Zulu Araújo

Presidente da Fundação Cultural Palmares

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Estréia do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval de Rua de Fortaleza


No ano de 2005 o Maracatu Nação Fortaleza fez sua primeira participação no carnaval de rua da cidade. Apresentando como tema e loa Ginga, Rainha da Gente, criada e interpretada pelo cantor, compositor e pesquisador Calé Alencar. Cortejo destacando o vulto de Ginga N'Bandi, rainha guerreira banto, presente na história do povo africano como símbolo de coragem e resistência ao domínio dos invasores europeus.





Nascida em 31 de janeiro de 1552, na região de Matamba, Ginga N’bandi faleceu em 17 de dezembro de 1663, sendo a única soberana de toda a África que, sem jamais saber da existência do Brasil, continua na memória brasileira, presente nas Coroações de Reis Negros das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário, no Auto dos Congos, nos Maracatus e nos Reisados.

Os escravos aprisionados em Angola levaram a odisséia tempestuosa da rainha negra de Matamba. Todo o século XVIII brasileiro exigiu a mão escrava de sudaneses e bantos para a mineração, catas de diamantes e alargamento de canaviais. Os governos portugueses de D. João V, D. José e D. Maria I tiveram o Brasil como fonte produtiva. Com D. João V o ouro. Com D. José as matérias primas e as companhias de comércio. Com Maria I o mercado consumidor e exportador, suprindo em espécie e moeda o tão amargurado sonho da Índia Portuguesa.

Para todo esse mundo, o Brasil no seu contorno territorial presente, o escravo era indispensável. Os negros vieram aos milhões, notadamente de Angola, fornecedora e geograficamente entreposto de embarque das peças, nome dado aos negros pelos traficantes de escravos.

Em cada navio, invisível e lógica, embarcava a Rainha Ginga, personagem das mais significativas na história de luta e resistência do povo africano, por seu exemplo de tenacidade e bravura, escolhida como tema do Maracatu Nação Fortaleza, em sua estréia no carnaval de rua da capital cearense.


Fonte: www.batoque.com/fortaleza

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Curta no Maracatu é de Bambaliê - Ilha das Flores

Ilha das Flores

Clique e Curta no Maracatu

Gênero: Documentário, Experimental
Diretor: Jorge Furtado
Elenco: Ciça Reckziegel
Ano: 1989
Duração: 13 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.


Ficha Técnica
Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro Jorge Furtado
Edição Giba Assis Brasil
Direção de Arte Fiapo Barth
Trilha original Geraldo Flach
Narração Paulo José

Prêmios
Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nação Fortaleza no YouTube

Vejam na página do YuoTube a participação do Maracatu Nação Fortaleza no show do Ednardo na Praia de Iracema.

O ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO
Calé Alencar


Nação Fortaleza chegou

Chegou para anunciar

Hoje tem romance de cordel

Um pavão misterioso

É o amor que move a terra

Transformando em paz a guerra

Com seu pássaro formoso

Os brincantes do maracatu

Com seu batuque vêm mostrar

Um pavão voando pelo céu

Vai sumir na escuridão

Carregando dois amantes

Duas estrelas brilhantes

Com a bênção da nação

Ô nação, ô nação

Nação Fortaleza me leva

Me leva que eu quero voar

Nas asas dessa linda história

Nação Fortaleza

Aqui vem pra contar

terça-feira, 25 de março de 2008

Aniversário do Nação Fortaleza


Em 25 de março de 2004 foi fundado o Maracatu Nação Fortaleza para celebrar os 120 anos da abolição da escravatura no Ceará. Parabéns Nação Fortaleza pelos seu 4 anos de atuação nas ruas, palcos e praças desta cidade. Continue emanando sua força, brilho, garra, vivacidade, juventude, luz e axé por muitos anos e que Nossa Senhora do Rosário te cubra de graças e axé!

Vamos comemorar o dia do Maracatu fazendo uma saudação para Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que ela abençoe cada maracatu e cada preto de cor e de alma desta cidade.

Eu sou mar
Eu sou maracatu
Eu sou Nação Fortaleza

segunda-feira, 24 de março de 2008

Dia do Maracatu


Dia do Maracatu em Fortaleza

Com a aprovação da Lei 5.827, de 5 de dezembro de 1984, ano do centenário da abolição da escravatura no Ceará, o maracatu passou a ser comemorado no dia 25 de março, data da libertação dos cativos no município de Redenção. O movimento abolicionista no Ceará teve uma atuação bastante contundente, alforriando cativos e repudiando o tráfico negreiro. Personagens como Francisco José do Nascimento (Dragão do Mar), João Cordeiro, Pedro Artur de Vasconcelos, Rodolfo Teófilo, Alberto Nepomuceno e Alfredo Salgado, entre outros, tiveram participação destacada na cruzada libertadora. José do Patrocínio, ícone da ação libertadora nacional, homenageou o Ceará com o epíteto Terra da Luz.
Fonte: ALENCAR, Calé. Origem e evolução do maracatu no Ceará. Fortaleza: CCBNB, 2007.


DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO
DIÁRIO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL

LEI Nº. 5827, DE 5 DE DEZEMBRO DE 1984.

Estabelece o Dia 25 de março, como data comemorativa ao DIA DO MARACATU.

A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º. Fica estabelecido como data comemorativa do DIA DO MARACATU o dia 25 DE MARÇO.

Art. 2º. A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, EM 10 DE DEZEMBRO DE 1984.

César Cals de Oliveira Neto
PREFEITO MUNICIPAL

segunda-feira, 17 de março de 2008

Cortejo para uma Rainha Negra

Vamos conhecer agora a estrutura de um cortejo para uma Rainha Negra

O CORTEJO

1. BALIZA
Abre o desfile, marcando o passo ao lado do porta-estandarte e carrega a baliza entre os dedos. Veste-se com colete, turbante, saiote ou calção e sua fantasia tem as cores oficiais de seu maracatu.
2. PORTA – ESTANDARTE
Carregando o estandarte, marca o passo e anuncia a presença do maracatu.
3. ESTANDARTE
Peça confeccionada em cetim ou veludo, tem franjas ou rendas na borda inferior e traz, pintado ou bordado no centro, o símbolo identificador do maracatu.
4. LAMPIÕES
Adereços de mão, representam a luz e o fogo no caminho do cortejo. Combinam a herança da liturgia católica das procissões com o culto ao fogo, simbolizando a necessidade real dos escravos de manter, nas senzalas, a chama sempre acesa.
5. ÍNDIOS
Desfilam em filas indianas e ladeiam o estandarte. Em Fortaleza têm origem nos caboclos ou cordão de índios de penas, participantes do carnaval de rua na década de 1950.
6. NEGRAS E BAIANAS
Também desfilam em filas indianas e marcam a segunda parte do cortejo real, antecedendo o balaieiro, os pretos velhos e a corte real.
7. NEGRA DA CALUNGA
Negra que conduz a boneca. As duas geralmente usam roupas idênticas.
8. NEGRA DO INCENSO
Negra que conduz o incenso ou defumador, usado para abrir os caminhos e perfumar o itinerário do cortejo.
9. BALAIEIRO
Conduz na cabeça um balaio carregado de frutas e legumes e evolui com graça, lembrando os antigos escravos de ganho, ao mesmo tempo em que inclui um elemento ecológico no desfile.
10. BALAIO
Cesto de palha, com o formato de alguidar, onde são conduzidas frutas e legumes, configurando oferendas a entidades espirituais protetoras do maracatu.
11. PRETOS–VELHOS
Simbolizam a sabedoria e a experiência dos mestres mais idosos nas tribos africanas e nos cultos afro-descendentes.
12. CORTE
Representada pelo Príncipe, a Princesa, o Rei e a Rainha, figura principal, em honra de quem o cortejo se apresenta. Também fazem parte as Damas de Honra, também chamadas de Damas do Paço, as Mucamas e os Vassalos.

13. LEQUE
Carregado por um vassalo, tem a função de reverenciar a Corte, pairando sobretudo em torno da Rainha.

14. CHAPÉU DE SOL (SOMBRINHA)
Redondo, colorido e sempre girando, é usado para proteger a Rainha.
15. BATUQUEIROS
Tocadores de tambores (caixas, usadas sem esteiras para acentuar o som grave, surdos e bumbos) e ferros (chocalhos, triângulos e ganzás), executam a marcação para o canto e a evolução do maracatu.
16. TIRADOR DE LOAS OU MACUMBEIRO
Apresenta a loa (toada) do maracatu. Sempre apoiado pelo coro do cordão de negras, procura estimular os brincantes a cantar durante o desfile.
Veja imagens e textos do figural no link:

Para saber mais
LIVROS :
Ao Som da Viola - Gustavo Barroso
A Abolição no Ceará- Raimundo Girão
As Irmandades Religiosas no Ceará Provincial - Eduardo Campos
Os Negros em Portugal, Uma Presença Silenciosa - José Ramos Tinhorão
Reis Negros no Brasil Escravista - História da Festa de Coroação de Rei Congo - Marina de Mello e Souza
Danças Dramáticas no Brasil - Mário de Andrade
Fonte: www.batoque.com/fortaleza

segunda-feira, 3 de março de 2008

Maracatu Cearense

MARACATU

O Maracatu é a mais tradicional dança dramática de origem afro- descendente presente na cultura do povo cearense, configurando um cortejo formado por baliza, porta-estandarte, índios brasileiros e nativos africanos, negras e baianas, negra da calunga, negra do incenso, balaieiro, casal de pretos velhos, pajens, tiradores de loas e batuqueiros, em reverência a uma rainha negra e sua corte real. No Ceará, o povo caboclo usa uma mistura de fuligem, talco, óleo infantil e vaselina em pasta para tingir o rosto de negro.

O ritmo do maracatu cearense é apresentado por um grupo de percussão no qual incluem-se caixas, utilizadas sem esteira para acentuar a batida grave, surdos, bumbos, ganzás, chocalhos e triângulos, também chamados de ferros, confeccionados com molas de transporte pesado, o que lhes confere um timbre característico e uma sonoridade acentuada, destacando-se dos demais instrumentos. O macumbeiro ou tirador de loas é quem canta as toadas, nas quais são geralmente enfocados temas ligados à cultura, à religião e à história da África e do Brasil.

Oriundo das coroações de Reis do Congo, acontecidas a partir do século XVIII nas igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos espalhadas por Fortaleza e cidades interioranas como Sobral, Icó, Aracati e Crato, os maracatus foram descritos pelo escritor Gustavo Barroso em seus desfiles pelas ruas da capital cearense ao final da década de 1880.

Conforme registrado no livro Idéias e Palavras, existiam os maracatus do Morro do Moinho (Arraial Moura Brasil, por trás da Estação Central), do Beco da Apertada Hora (atual rua Governador Sampaio), da rua de São Cosme (atual rua Padre Mororó), do Outeiro (Aldeota antiga, atual região do Colégio Militar) e o do Manoel Furtado.

O maracatu chegou ao carnaval, desfilando oficialmente como agremiação carnavalesca, em 1937, através de um convite feito pelo então Rei Momo Ponce de Leon ao Maracatu Az de Ouro, fundado em 1936 por Raimundo Alves Feitosa, compositor e tirador de loas também conhecido como Raimundo Boca Aberta.

A partir da década de 1950 surgiram outros grupos como Estrela Brilhante, Az de Espada e Leão Coroado, agremiações de grande destaque nos desfiles carnavalescos, contribuindo com a riqueza de seus cortejos para a consolidação do maracatu como uma das mais importantes expressões artísticas e culturais do povo cearense.

A história do carnaval em Fortaleza registra um expressivo número de grupos, muitos deles extintos, como é o caso dos maracatus Rancho Alegre, Nação Africana, Rei de Espada, Rei dos Palmares, Nação Uirapuru, Nação Gengibre, Nação Verdes Mares e Rancho de Iracema.

Atualmente participam do carnaval de rua os maracatus Az de Ouro, Rei de Paus (fundado em 1960, com o nome de Ás de Paus), Vozes da África (fundado em 1980), Nação Baobab (fundado em 1995), Rei Zumbi (fundado em 2001), Nação Iracema (fundado em 2002), Kizomba (fundado em 2003), Nação Fortaleza (fundado em 2004), Nação Solar (fundado em 2001), Axé de Oxossi (fundado em 2007) e Girassol (fundado em 2008).


Fonte: http://www.batoque.com/fortaleza