O Brasil perdeu hoje um grande mestre, mas pessoas como Caymmi não morrem, seguem encantadas na vida e no imaginário do povo brasileiro. Sua obra permanece por estar viva em cada um de nós. Caymmi traçou um mapa afetivo, imaginário, sensual e lúdico de um Brasil “que nunca precisa dormir pra sonhar, porque não há sonho mais lindo do que sua terra não há”. Uma terra que conta a história de um povo. Um povo que confirma nossa mestiça nação.
Tudo isso em canções extremamente simples, mas altamente sofisticadas por revelarem as sutilezas e as raízes de uma nação oculta, sublime, complexa - matriz da nossa utopia. Tantos são os gênios que aqui tivemos, mas Caymmi é gênio do Brasil, irresistivelmente brasileiro, porque sua genialidade é a expressão do nosso povo. Juca Ferreira, Ministro da Cultura interino
O artista baiano - que se tratava de um câncer na bexiga há 11 anos e morreu de insuficiência renal - foi enterrado neste domingo (dia 17), à tarde, no Rio de Janeiro.
Nascido em 30 de abril, em Salvador, Caymmi é um dos responsáveis pela divulgação da imagem da Bahia tanto no Brasil como no exterior. A música O que é que a baiana tem?, uma das suas mais conhecidas composições, alcançou projeção internacional na interpretação de Carmem Miranda. Em 60 anos de carreira, como cantor gravou cerca de 20 discos e como compositor produziu uma centena de músicas que ganharam inúmeras versões com outros intérpretes.
Publicado por Comunicação Social/MinC
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