Blog dedicado ao Maracatu Nação Fortaleza e ao Maracatu Cearense. Navegue conosco e se aproxime da mais tradicional dança dramática de origem afro-brasileira presente na cultura do povo cearense. Aqui você encontrará também informações sobre arte e cultura popular.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Nação Fortaleza no IV Encontro Mestres do Mundo
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Cortejo do Nação Fortaleza no ConSerpro
domingo, 23 de novembro de 2008
Calé Alencar leva Maracatu para a Pequenina Paraíba
Em Sousa, Calé registrou a placa comemorativa da passagem, por aquela cidade, do Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, ideólogo mais expressivo do movimento republicano e separatista conhecido como Confederação do Equador.
No Ceará, o movimento foi encabeçado por Tristão Gonçalves de Alencar, filho da primeira presa política brasileira, Bárbara de Alencar. Tristão, líder revolucionário nascido no Crato, em 1789, morreu combatendo as forças imperiais no dia 30 de outubro de 1825.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Brincantes do Nação Fortaleza no Rito de Passagem
Brincantes do Maracatu Nação Fortaleza participaram do Rito de Passagem - Canto e Dança Ritual Indígena, realizado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no dia 17 de novembro. O ponto alto do evento foi a dança ritual do Toré, reunindo o povo Karajá da região de Tocantins e o público, estreitando laços de convivência harmoniosa entre os povos.
Rito de Passagem traz canto e dança ritual dos povos indígenas do Brasil, com sua força, beleza e magia, em apresentações especialmente elaboradas para o espaço cênico. O projeto cria uma ponte entre o mundo urbano e o povo que vive nas aldeias, proporcionando o contato direto com as tradições indígenas.
sábado, 15 de novembro de 2008
Nação Fortaleza contemplado com o Prêmio Culturas Populares 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Nação Fortaleza canta loas para Zumbi
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Nação Fortaleza cria mais um projeto de extensão
domingo, 12 de outubro de 2008
Chico Batista, Mestre Calungueiro
Leia artigo de Calé Alencar em homenagem ao Mestre Calungueiro: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=582327
Chico Batista, Mestre Calungueiro
Calé Alencar
Chico Batista
Mestre calungueiro
Eu canto loas
E os mantras do terreiro
Eu trago a força de Zumbi
E Ganga Zumba
Pra saudar tua passagem
Para o reino de Olorum
Chico Batista
Artista brasileiro
Quem bate o ferro
No batuque é batuqueiro
Nossa Senhora do Rosário te abençoe
Na paz de Oxalá
Viva o mestre calungueiro
Bate tambor
Com a força que há em nossos corações
Gira calunga
Estandartes, rainhas e reis
Os batuques das nações
Chico Batista é a luz
É a ginga dos maracatus
Bate ferro e tambor
Mestre Chico
Bate chocalho e tambor
domingo, 31 de agosto de 2008
Brasil perde Mestre Salu
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO. COM.BR
sábado, 30 de agosto de 2008
Calé Alencar visita Afoxé Filhos de Gandhy
No dia 27 de agosto, quarta-feira de Iansã e Santa Bárbara, Calé Alencar esteve na sede do Afoxé Filhos de Gandhy, rua Gregório de Matos, 53, no Pelourinho, e apresentou a Agnaldo Silva o tema e a loa do Maracatu Nação Fortaleza para o carnaval de 2009, Saudação Ao Afoxé Filhos de Gandhy, homenagem dos cearenses aos 60 anos de história e tradição do Afoxé Filhos de Gandhy.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Dorival Caymmi
O Brasil perdeu hoje um grande mestre, mas pessoas como Caymmi não morrem, seguem encantadas na vida e no imaginário do povo brasileiro. Sua obra permanece por estar viva em cada um de nós. Caymmi traçou um mapa afetivo, imaginário, sensual e lúdico de um Brasil “que nunca precisa dormir pra sonhar, porque não há sonho mais lindo do que sua terra não há”. Uma terra que conta a história de um povo. Um povo que confirma nossa mestiça nação.
Tudo isso em canções extremamente simples, mas altamente sofisticadas por revelarem as sutilezas e as raízes de uma nação oculta, sublime, complexa - matriz da nossa utopia. Tantos são os gênios que aqui tivemos, mas Caymmi é gênio do Brasil, irresistivelmente brasileiro, porque sua genialidade é a expressão do nosso povo. Juca Ferreira, Ministro da Cultura interino
O artista baiano - que se tratava de um câncer na bexiga há 11 anos e morreu de insuficiência renal - foi enterrado neste domingo (dia 17), à tarde, no Rio de Janeiro.
Nascido em 30 de abril, em Salvador, Caymmi é um dos responsáveis pela divulgação da imagem da Bahia tanto no Brasil como no exterior. A música O que é que a baiana tem?, uma das suas mais conhecidas composições, alcançou projeção internacional na interpretação de Carmem Miranda. Em 60 anos de carreira, como cantor gravou cerca de 20 discos e como compositor produziu uma centena de músicas que ganharam inúmeras versões com outros intérpretes.
Publicado por Comunicação Social/MinC
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Maracatu Nação Fortaleza no Centro Cultural Bom Jardim
O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto, data na qual o inglês William John Thoms, usando o pseudônimo de Ambrose Merton, publicou, em 1846, um artigo sob o título Folk-lore, na revista londrina The Athenaeum. Ao usar o termo, William John Thoms propunha seu significado como expressão técnica apropriada ao estudo das lendas, tradições e da literatura popular, tendo essa definição o significado de ciência ou sabedoria popular.
Folk quer dizer povo, nação, família; Lore significa instrução, conhecimento, saber. Portanto, Folk-lore ou Folclore, ciência ou sabedoria popular.
Para saber mais:
Cascudo, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Curta no Maracatu É de Bambaliê!
A emocionante história da música brasileira, nossa arte maior, via sons e imagens raríssimas de ninguém menos que Pixinguinha, Cartola, Noel, Gil, Edu, Nara, Macau...
Música de Pixinguinha, Almirante, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho e Cartola. Gilberto Gil e Macalé comentam o filme. Depoimento de Nara Leão e Nelson Motta sobre a Música popular Brasileira.
Gênero: Documentário
Diretor: Sergio Sanz
Ano: 1974
Duração: 10 min
Cor: P&B
Bitola: 16mm
País: Brasil
Ficha Técnica:
Fotografia: Sergio Sanz / Empresa produtora: DAC, MEC Montagem: Sergio Sanz
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Cultura Brasileira perde Mestre Felipe
Mestre Felipe e Calé Alencar
Os grupos de Tambor de Crioula do Maranhão e do Brasil estão de luto pelo falecimento do compositor, instrumentalista e percussionista Felipe Neres Figueiredo, o Mestre Felipe. Ele morreu aos 84 anos, na última sexta-feira (18 de julho), em São Luís, e seu sepultamento foi realizado neste domingo (dia 20), em São Vicente de Férrer, cidade natal do artista.O MestreMinistro Gilberto Gil e Mestre Felipe, por ocasião do registro do Tambor de Crioula como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Um dos maiores representantes da cultura popular maranhense, Mestre Felipe nasceu em 1924, no norte do estado, a cerca de 75 km da capital. Foi um dos fundadores e presidente da Associação Folclórica e Cultural Tambor de Crioula União de São Benedito, que reúne cerca de 35 integrantes. Em São Luís, organizou grupos de coreiros que são destaques em festejos populares e apresentam-se durante todo o ano nas festas de pagamentos de promessa, de São Benedito, de São João e no Carnaval. Durante duas décadas, trabalhou com o Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão (Laborarte), transmitindo para as novas gerações a arte de tocar tambor por meio de oficinas e, atualmente, era responsável pela formação de percussionistas. Com coreiros da sua turma gravou várias toadas, que estão reunidas em um CD lançado em 1998, o primeiro a registrar composições de Tambor de Crioula do Maranhão.Em 2002, Mestre Felipe gravou 11 composições de sua autoria e o CD faz parte da coletânea sobre Tambor de Crioula, que inclui um vídeo e dois outros CDs gravados pelos Mestres Leonardo e Seu Chico. Em março deste ano, lançou Jandaia - Peixe do Fundo, seu terceiro e último trabalho fonográfico. Tambor de CrioulaA manifestação da cultura popular maranhense foi registrada, no ano passado, no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além da inscrição, também passou a contar com o seu memorial, a Casa do Tambor de Crioula, instalada em uma antiga fábrica no centro de São Luís.O Tambor de Crioula - envolvendo dança circular, canto e percussão - tem sua origem ligada à resistência cultural dos negros e de seus descendentes. O dia 6 de setembro é a data consagrada para celebrar essa tradição da cultura do Maranhão, uma das mais belas da região Nordeste do país. Atualmente, no estado, existem mais de sessenta grupos catalogados.
(Marcelo Lucena, Comunicação Social/MinC)
Publicado por Sheila Sterf/Comunicação Social 21 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Homenagem de Calé Alencar a Nelson Mandela
Em seu primeiro disco, Um Pé Em Cada Porto, Calé Alencar prestou uma homenagem a Nelson Mandela. O poema Canção do Emparedado, do cearense Francisco Carvalho, virou Canto Para Mandela, registrado nas vozes de Calé Alencar e Ângela Linhares.
domingo, 22 de junho de 2008
Cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval 2006
No Maracatu É de Bamabaliê! cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de Fortaleza 2006
O Romance do Pavão Misterioso foi o tema escolhido para ilustrar o desfile do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de rua do ano 2006. Ao privilegiar um tema ligado à literatura popular, o Maracatu Nação Fortaleza pretendeu inserir um novo dado cultural no cortejo carnavalesco, trabalhando a referência da cultura tradicional e usando a xilogravura, desenho talhado em madeira e transformado em matriz utilizada para impressão das capas dos folhetos de cordel.
O Romance do Pavão Misterioso
Calé Alencar
Nação Fortaleza chegou
Chegou para anunciar
Hoje tem romance de cordel
Um pavão misterioso
É o amor que move a terra
Transformando em paz a guerra
Com seu pássaro formoso
Os brincantes do maracatu
Com seu batuque vêm mostrar
Um pavão voando pelo céu
Vai sumir na escuridão
Carregando dois amantes
Duas estrelas brilhantes
Com a bênção da nação
Ô Nação, ô Nação
Nação Fortaleza me leva
Me leva que eu quero voar
Nas asas dessa linda história
Nação Fortaleza
Aqui vem pra contar
Fonte: www.batoque.com/fortaleza
Cortejo do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval 2005
Assista no Maracatu É de Bamabaliê! a estréia do Maracatu Nação Fortaleza no carnaval de Fortaleza no ano de 2005.
No ano de 2005 o Maracatu Nação Fortaleza fez sua primeira participação no carnaval de rua da cidade. Apresentando como tema e loa Ginga, Rainha da Gente, criada e interpretada pelo cantor, compositor e pesquisador Calé Alencar. Cortejo destacando o vulto de Ginga N'Bandi, rainha guerreira banto, presente na história do povo africano como símbolo de coragem e resistência ao domínio dos invasores europeus.
Ginga, Rainha da Gente
Ginga, Rainha da gente
Eu mandei buscar pra você
Luas, Luandas e loas
Coroas de reis e rainhas
Rosários de santos e deuses
Índios do maracatu
Ginga, Rainha da gente
Eu mandei buscar pra você
Frutas, balaios e rendas
Negras, calungas e angolas
Caboclos da mata e batuques
Toques de ferro e tambor
Ginga, Rainha da gente
Me benze com tua beleza
Eu sou mar
Eu sou maracatu
Eu sou Nação Fortaleza
Fonte: www.batoque.com/fortaleza
domingo, 8 de junho de 2008
Artigo de Calé Alencar sobre Mestre Juca do Balaio na Jangada Brasil
Entrevista de Calé Alencar a Klaudia Alvarez
quinta-feira, 5 de junho de 2008
É no samba de roda, eu vou
No babado da saia eu vejo
A morena girando a renda
É prenda pro seu orixá
Todo fim de semana tem
Gente dos 4 cantos vem
Diz na palma e no verso
Histórias de tempos imemoriais
Roda que eu quero ver e é bonito
Canta que eu quero ouvir
Bate o tambor na força do rito
Tudo pra se divertir
Reza quem é de rezar
Brinca aquele que é de brincadeira
Quem é de paz pode se aproximar
Hoje é festa pr'uma noite inteira
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Maracatu Cearense no Programa Soul Batuque
Calé Alencar, Maracatu Nação Fortaleza, Ednardo, Dilson Pinheiro e Afrânio Rangel.
http://www.unifor.br/hp/radio/RadioGentileza.html
www.unifor.br/radiogentileza
Programa Soul Batuque 76.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Nação Fortaleza no Marina Park
O evento tem início às 20 horas mas todos sabem que nossa produção e organização começa muito antes.
Gostariamos de contar com a presença de todos e pedimos para confirmarem pelo e.mail ou telefone (Calé 8760.0045 / 3253.1317 / Luciana 8863.4321).
Precisamos organizar uma lista prévia para a organização de instrumentos, materiais, adereços e figurinos.
terça-feira, 20 de maio de 2008
sábado, 17 de maio de 2008
Curta no Maracatu É de Bambaliê - O Xadrez das Cores
Clique e Curta no Maracatu
Gênero: Ficção
Diretor: Marco Schiavon
Elenco: Anselmo Vasconcellos, Mirian Pyres, Zezeh Barbosa
Ano: 2004
Duração: 22 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil
Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.
Ficha Técnica
Produção: Midmix Entretenimento, Marco Shiavon
Fotografia: Gilberto Otero
Roteiro: Marco Schiavon
Direção de Arte: Irene Black
Empresa produtora: Midmix Entretenimento
Edição de som: Mariana Barsted
Câmera: Gilberto Otero
Direção de produção: Claudia Couto
Produção Executiva: Alexandre Moreira Leite
Montagem: Fábio Gavião, Marco Schiavon
Música: José Lourenço
Prêmios
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Cinema de Goiás 2005
Finalista no Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro 2005
Melhor Curta - Júri Popular no Festival de Cinema Brasileiro de Miami 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 2005
Prêmio Especial no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Festival de Goiania 2005
Melhor Atriz no Jornada de Cinema da Bahia 2005
Melhor Curta Metragem Nacional pelo Júri Popular no Mostra Cine Rota 22 2005
Festivais
Cine PE 2005
Festival do Ceará 2005
Festival Internacional de Curtas-Metragens de Belo Horizonte 2004
Los Angeles Intl Short Film Festival 2004
Festival de Belém 2005
Mostra de Cinema de Macapá 2005
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Bloco de Baticum Batucão nos Couros no Mercado dos Pinhões
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Nota Pública da Fundação Cultural Palmares
Veja nota de repúdio publicada hoje:
05/05/2008
Nota Pública
A Universidade Pública Brasileira não pode ser palco de ações discriminatórias
A Fundação Cultural Palmares, responsável pela preservação, valorização e difusão das manifestações culturais de origem negra no Brasil, por meio da sua diretoria colegiada, vem a público expressar a sua profunda indignação com as opiniões e comentários do Professor Doutor Antônio Natalino Dantas, coordenador do Colegiado de Cursos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Ofensivos, discriminatórios e preconceituosos, os comentários do Professor Natalino responsabiliza os baianos com um todo e os afro-descendentes no particular, pelo baixo desempenho dos estudantes da Faculdade de Medicina no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).
Este episódio torna-se mais grave pelo fato de o referido professor ocupar cargo de relevância na estrutura universitária brasileira, eleito pelos seus pares. Revelou-se ainda a força do preconceito e do racismo ainda presentes na sociedade brasileira, notadamente em espaço que deveria ser a linha de frente da defesa da igualdade e da diversidade - a Universidade Pública brasileira. Os comentários do Professor Natalino merecem ainda o repúdio por que expressam não apenas uma opinião pessoal ou um deslize momentâneo, mas o pensamento, ainda vigente no Brasil, de que a presença dos afro-descendentes e sua contribuição para a formação do país é um elemento menor e negativo do ponto de vista civilizatório.
Quanto às cotas para negros nas universidades públicas brasileiras, a opinião preconceituosa do professor, responsabilizando os cotistas pelo baixo desempenho no ENADE, é a que tem balizado a exclusão dos negros do ensino superior no Brasil. Não há nenhuma prova, por mais tênue que seja, de que sua afirmação seja verdadeira. Pelo contrário, pesquisas, estatísticas e o desempenho dos cotistas têm apontado que o aproveitamento escolar dos estudantes cotistas tem sido igual ou superior aos não-cotistas. Portanto, continuar a luta contra a discriminação racial, ampliar os mecanismos de acesso ao ensino superior para os afro-descendentes e implementar as políticas de ações afirmativas em todos os campos do conhecimento será a resposta mais efetiva que a sociedade baiana poderá dar a estas manifestações de preconceito e discriminação.
Por fim, a Fundação Cultural Palmares expressa a sua mais profunda solidariedade com a posição adotada pelo Reitor da Universidade Federal da Bahia, Professor Naomar Almeida, na certeza de que o seu firme posicionamento pelo afastamento do Professora Natalino da coordenação do Colegiado de Cursos será acolhido pela egrégia Congregação da Faculdade de Medicina. Aliado a isto temos a convicção de que a luta pela melhoria da qualidade do ensino superior no Brasil e a democratização do acesso, consolidado pelo atual governo continuarão caminhando lado a lado.
Zulu Araújo
Presidente da Fundação Cultural Palmares
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Estréia do Maracatu Nação Fortaleza no Carnaval de Rua de Fortaleza
Nascida em 31 de janeiro de 1552, na região de Matamba, Ginga N’bandi faleceu em 17 de dezembro de 1663, sendo a única soberana de toda a África que, sem jamais saber da existência do Brasil, continua na memória brasileira, presente nas Coroações de Reis Negros das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário, no Auto dos Congos, nos Maracatus e nos Reisados.
Os escravos aprisionados em Angola levaram a odisséia tempestuosa da rainha negra de Matamba. Todo o século XVIII brasileiro exigiu a mão escrava de sudaneses e bantos para a mineração, catas de diamantes e alargamento de canaviais. Os governos portugueses de D. João V, D. José e D. Maria I tiveram o Brasil como fonte produtiva. Com D. João V o ouro. Com D. José as matérias primas e as companhias de comércio. Com Maria I o mercado consumidor e exportador, suprindo em espécie e moeda o tão amargurado sonho da Índia Portuguesa.
Para todo esse mundo, o Brasil no seu contorno territorial presente, o escravo era indispensável. Os negros vieram aos milhões, notadamente de Angola, fornecedora e geograficamente entreposto de embarque das peças, nome dado aos negros pelos traficantes de escravos.
Em cada navio, invisível e lógica, embarcava a Rainha Ginga, personagem das mais significativas na história de luta e resistência do povo africano, por seu exemplo de tenacidade e bravura, escolhida como tema do Maracatu Nação Fortaleza, em sua estréia no carnaval de rua da capital cearense.
Fonte: www.batoque.com/fortaleza
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Curta no Maracatu é de Bambaliê - Ilha das Flores
Clique e Curta no Maracatu
Gênero: Documentário, Experimental
Diretor: Jorge Furtado
Elenco: Ciça Reckziegel
Ano: 1989
Duração: 13 min
Cor: Colorido
Bitola: 35mm
País: Brasil
Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
Ficha Técnica
Produção Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart
Fotografia Roberto Henkin, Sérgio Amon
Roteiro Jorge Furtado
Edição Giba Assis Brasil
Direção de Arte Fiapo Barth
Trilha original Geraldo Flach
Narração Paulo José
Prêmios
Urso de Prata no Festival de Berlim 1990
Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991
Melhor Curta no Festival de Gramado 1989
Melhor Edição no Festival de Gramado 1989
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 1989
Prêmio da Crítica no Festival de Gramado 1989
Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Nação Fortaleza no YouTube
O ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO
Calé Alencar
Nação Fortaleza chegou
Chegou para anunciar
Hoje tem romance de cordel
Um pavão misterioso
É o amor que move a terra
Transformando em paz a guerra
Com seu pássaro formoso
Os brincantes do maracatu
Com seu batuque vêm mostrar
Um pavão voando pelo céu
Vai sumir na escuridão
Carregando dois amantes
Duas estrelas brilhantes
Com a bênção da nação
Ô nação, ô nação
Nação Fortaleza me leva
Me leva que eu quero voar
Nas asas dessa linda história
Nação Fortaleza
Aqui vem pra contar
terça-feira, 25 de março de 2008
Aniversário do Nação Fortaleza
Em 25 de março de 2004 foi fundado o Maracatu Nação Fortaleza para celebrar os 120 anos da abolição da escravatura no Ceará. Parabéns Nação Fortaleza pelos seu 4 anos de atuação nas ruas, palcos e praças desta cidade. Continue emanando sua força, brilho, garra, vivacidade, juventude, luz e axé por muitos anos e que Nossa Senhora do Rosário te cubra de graças e axé!
Vamos comemorar o dia do Maracatu fazendo uma saudação para Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que ela abençoe cada maracatu e cada preto de cor e de alma desta cidade.
Eu sou mar
Eu sou maracatu
Eu sou Nação Fortaleza
segunda-feira, 24 de março de 2008
Dia do Maracatu
DIÁRIO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
LEI Nº. 5827, DE 5 DE DEZEMBRO DE 1984.
Estabelece o Dia 25 de março, como data comemorativa ao DIA DO MARACATU.
A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:
Art. 1º. Fica estabelecido como data comemorativa do DIA DO MARACATU o dia 25 DE MARÇO.
Art. 2º. A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, EM 10 DE DEZEMBRO DE 1984.
César Cals de Oliveira Neto
PREFEITO MUNICIPAL
segunda-feira, 17 de março de 2008
Cortejo para uma Rainha Negra
O CORTEJO
1. BALIZA
Abre o desfile, marcando o passo ao lado do porta-estandarte e carrega a baliza entre os dedos. Veste-se com colete, turbante, saiote ou calção e sua fantasia tem as cores oficiais de seu maracatu.
Carregando o estandarte, marca o passo e anuncia a presença do maracatu.
Peça confeccionada em cetim ou veludo, tem franjas ou rendas na borda inferior e traz, pintado ou bordado no centro, o símbolo identificador do maracatu.
Adereços de mão, representam a luz e o fogo no caminho do cortejo. Combinam a herança da liturgia católica das procissões com o culto ao fogo, simbolizando a necessidade real dos escravos de manter, nas senzalas, a chama sempre acesa.
Desfilam em filas indianas e ladeiam o estandarte. Em Fortaleza têm origem nos caboclos ou cordão de índios de penas, participantes do carnaval de rua na década de 1950.
Também desfilam em filas indianas e marcam a segunda parte do cortejo real, antecedendo o balaieiro, os pretos velhos e a corte real.
Negra que conduz a boneca. As duas geralmente usam roupas idênticas.
Negra que conduz o incenso ou defumador, usado para abrir os caminhos e perfumar o itinerário do cortejo.
Conduz na cabeça um balaio carregado de frutas e legumes e evolui com graça, lembrando os antigos escravos de ganho, ao mesmo tempo em que inclui um elemento ecológico no desfile.
Cesto de palha, com o formato de alguidar, onde são conduzidas frutas e legumes, configurando oferendas a entidades espirituais protetoras do maracatu.
Simbolizam a sabedoria e a experiência dos mestres mais idosos nas tribos africanas e nos cultos afro-descendentes.
Representada pelo Príncipe, a Princesa, o Rei e a Rainha, figura principal, em honra de quem o cortejo se apresenta. Também fazem parte as Damas de Honra, também chamadas de Damas do Paço, as Mucamas e os Vassalos.
Carregado por um vassalo, tem a função de reverenciar a Corte, pairando sobretudo em torno da Rainha.
14. CHAPÉU DE SOL (SOMBRINHA)
Redondo, colorido e sempre girando, é usado para proteger a Rainha.
Tocadores de tambores (caixas, usadas sem esteiras para acentuar o som grave, surdos e bumbos) e ferros (chocalhos, triângulos e ganzás), executam a marcação para o canto e a evolução do maracatu.
Apresenta a loa (toada) do maracatu. Sempre apoiado pelo coro do cordão de negras, procura estimular os brincantes a cantar durante o desfile.
Para saber mais
Ao Som da Viola - Gustavo Barroso
segunda-feira, 3 de março de 2008
Maracatu Cearense
O Maracatu é a mais tradicional dança dramática de origem afro- descendente presente na cultura do povo cearense, configurando um cortejo formado por baliza, porta-estandarte, índios brasileiros e nativos africanos, negras e baianas, negra da calunga, negra do incenso, balaieiro, casal de pretos velhos, pajens, tiradores de loas e batuqueiros, em reverência a uma rainha negra e sua corte real. No Ceará, o povo caboclo usa uma mistura de fuligem, talco, óleo infantil e vaselina em pasta para tingir o rosto de negro.
Oriundo das coroações de Reis do Congo, acontecidas a partir do século XVIII nas igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos espalhadas por Fortaleza e cidades interioranas como Sobral, Icó, Aracati e Crato, os maracatus foram descritos pelo escritor Gustavo Barroso em seus desfiles pelas ruas da capital cearense ao final da década de 1880.
Conforme registrado no livro Idéias e Palavras, existiam os maracatus do Morro do Moinho (Arraial Moura Brasil, por trás da Estação Central), do Beco da Apertada Hora (atual rua Governador Sampaio), da rua de São Cosme (atual rua Padre Mororó), do Outeiro (Aldeota antiga, atual região do Colégio Militar) e o do Manoel Furtado.
O maracatu chegou ao carnaval, desfilando oficialmente como agremiação carnavalesca, em 1937, através de um convite feito pelo então Rei Momo Ponce de Leon ao Maracatu Az de Ouro, fundado em 1936 por Raimundo Alves Feitosa, compositor e tirador de loas também conhecido como Raimundo Boca Aberta.
A partir da década de 1950 surgiram outros grupos como Estrela Brilhante, Az de Espada e Leão Coroado, agremiações de grande destaque nos desfiles carnavalescos, contribuindo com a riqueza de seus cortejos para a consolidação do maracatu como uma das mais importantes expressões artísticas e culturais do povo cearense.
A história do carnaval em Fortaleza registra um expressivo número de grupos, muitos deles extintos, como é o caso dos maracatus Rancho Alegre, Nação Africana, Rei de Espada, Rei dos Palmares, Nação Uirapuru, Nação Gengibre, Nação Verdes Mares e Rancho de Iracema.
Atualmente participam do carnaval de rua os maracatus Az de Ouro, Rei de Paus (fundado em 1960, com o nome de Ás de Paus), Vozes da África (fundado em 1980), Nação Baobab (fundado em 1995), Rei Zumbi (fundado em 2001), Nação Iracema (fundado em 2002), Kizomba (fundado em 2003), Nação Fortaleza (fundado em 2004), Nação Solar (fundado em 2001), Axé de Oxossi (fundado em 2007) e Girassol (fundado em 2008).
Fonte: http://www.batoque.com/fortaleza